sábado, 7 de novembro de 2009

"Quando tenho tempo..."

Tentado por um amigo há aprender um pouco sobre arte, travamos uma conversa onde o questionei sobre os motivos que o leva a pintar. Qual não foi a minha surpresa quando, com a maior sequidão do mundo, ele me respondeu: “Pinto quando tenho tempo. Pergunto pra mim mesmo se agora tenho tempo pra pintar, caso a resposta seja sim, junto meus pinceis e tintas e ponho a mão na massa.” Esperava uma poetização da arte, uma dissertação sobre o ato de pintar, sobre a criação artística, o que fosse. Mas não, recebi um simples “pinto quando tenho tempo”. Pus-me a queimar a mufa a fim de compreende como aquele ser, que me parece tão apaixonado pela arte, simplesmente via a sua expressão artística como, simplesmente, coisa pra se fazer quanto não se tem o que fazer. Acho que agora entendo o que ele queria dizer.

Pintar por si só é um fazer trabalhoso e que demanda certo preparo antecedente. Há a necessidade de compreender o que se quer transmitir a fim de transportar esse conhecimento para a ponta do pincel e dar forma através da tinta. É na tela que se expressa o conhecimento adquirido, a impressão recebida, a forma de pensar algum assunto. É na tela que se gasta o tempo que não se pode ser interrompido por nada com risco de perder a inspiração. Caso o Clovis (o amigo e o pintor na foto) fosse dizer o que quer dizer esse “pintar quando tenho tempo” acredito que ele diria isso. As telas dele me transmitem essas sensações e pra isso tem que ter tempo.

Um comentário:

  1. É verdade, não considero pintar ser um passatempo ou hobby. portanto, pintar requer tempo em quantidade e qualidade, e não uma mesquinharia de tempo.

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ke ki tu axô...